
Um padre católico australiano lançou um livro onde, entre outras coisas, afirma que Jesus Cristo não era Deus e que Maria não era virgem. Os católicos australianos mais conservadores estão irritados com esta teoria.
No seu livro, "God is Big. Real Big" (Deus é grande. Muito grande, em tradução livre), que está à venda em várias igrejas australianas por cerca de 10 euros, O padre Peter Dresser defende que Jesus não poderia ser Deus, noticia o Livenews.
"Toda esta história de Jesus ter sido Deus... não só atenta contra a minha inteligência como se trata de um beco sem saída", afirma o padre da cidade de Bathurst (200 quilómetros a oeste de Sydney) no seu livro.
"Para os milhões de pessoas que tentam perceber o sentido da religião cristã... nenhum humano pode Deus, e Jesus era um humano. É tão simples como isto", prossegue.
O padre Dresser defende que José era pai de Jesus, Maria não era virgem - na realidade teria tido seis filhos - e que a história da ressurreição não deve ser adoptada literalmente.
O livro levou os católicos mais conservadores a ficarem com os nervos em franja, como atestam as afirmação do padre Anthony Robbie, de Sydney.
"Que surpreendente dono da verdade, afirmando que conhece a mente de Cristo de forma diferente ao que está escrito nas escrituras e nas tradições. As suas palavras retiram todo o significado e propósito ao cristianismo", disse aquele clérigo.
"O Concílio de Nicaea definiu que Cristo era Deus em 325, por isso ele só está 1700 anos atrasado", ironizou o padre Robbie, acrescentando que "o resto é uma regurgitação sobre os clichés dos desacreditados protestantes liberais da Alemanha do século XIX".
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