sábado, 28 de março de 2009

Apaga a Luz e deita-te...

Apaguem as luzes. Às 20h30 de hoje, muitos dos monumentos de Lisboa, Tomar, Águeda, Almeirim, Guimarães,Coimbra, Vila Nova de Famalicão e Funchal ficarão às escuras por 60 minutos. Estas são as cidades portuguesas que, pela primeira vez, aderiram ao "Apagão", considerada a maior campanha mundial em defesa do planeta.

O gesto simbólico visa alertar os líderes políticos de todo o mundo, que se reúnem em Dezembro em Copenhaga, para a necessidade de adopção de medidas eficazes contra as alterações climáticas. A iniciativa é da organização não governamental WWW-Fundo para a Vida Selvagem.

Este ano, pelo menos 84 países aderiram à " Hora do Planeta". Espera-se a participação de mil milhões de pessoas em todo o mundo.

Em Lisboa vão ficar às escuras o Cristo-Rei, a Ponte 25 de Abril, o Palácio de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, o Padrão dos Descobrimentos, o Castelo de São Jorge, os Paços do Concelho, o Museu da Electricidade e o Centro Cultural de Belém (neste caso, durante apenas 15 minutos).

Nos Jardins da Torre de Belém, entre as 20h30 e às 21h30, o músico André Sardet actua num concerto acústico, aberto ao público e gratuito, pela "Hora do Planeta"

Em Tomar, serão o Convento de Cristo, a Ponte do Flecheiro, a Igreja de N.S. da Conceição e o edifício da câmara municipal. Em Águeda, para além dos Paços do Concelho, o apagar das luzes estende-se às piscinas municipais, ao Mercado e ao Fórum Municipal da Juventude.

Em Coimbra, destaca-se a torre da Universidade. Em Vila Nova de Famalicão, o Mosteiro de Lamdim, a Casa das Artes, o Museu Bernardino Machado e a Casa de Camilo.

Mas apesar dos esforços da organização, no caso de Portugal o êxito da iniciativa está ameaçado pelo jogo de futebol com a Suécia para o Mundial. É difícil acreditar que milhares de portugueses estejam dispostos a apagar a luz com o jogo a dar na TV.

Por outro lado, há quem tema a ocorrência de efeitos perversos desse gesto simbólico, estando a circular um e-mail contra a iniciativa, alertando para os alegado riscos de um desequilíbrio de todo o sistema das redes eléctricas. Segundo a mensagem que teve origem em Portugal, "a interrupção do consumo eléctrico por parte de milhões de pessoas a uma hora prefixada poderia ser prejudicial ao funcionamento dos hospitais, metropolitano, aeroportos e sistema bancário".

Na primeira edição da "Hora do Planeta", em 2007, apenas a cidade de Sidney, na Austrália, aderiu à iniciativa. Em 2008, foram já 35 países e 370 cidades.

Sem comentários: