O Fundo Monetário Internacional (FMI) exortou hoje os dirigentes mundiais a prepararem-se para uma rarefacção do petróleo, num capítulo do seu relatório Perspectivas da Economia Mundial.
No documento adianta-se que o preço do petróleo arrisca bater novos recordes com a procura a subir e a oferta incapaz de responder.
"A alta persistente dos preços do petróleo durante a última década permite pensar que os mercados mundiais do petróleo entraram num período de rarefacção", afirma o FMI.
"Se esta tensão se agravar, seja devido a um aumento da procura, a perturbações na oferta ou a interrupções no aumento das capacidades produtivas, os mecanismos de mercado poderiam provocar picos nos preços, como em 2007-08", prevê-se no texto, apresentado pelo principal autor do estudo, Thomas Helbling, em conferência de imprensa.
Em julho de 2008, as cotações do barril de petróleo atingiram um recorde, ao ultrapassarem os 147 dólares em Nova Iorque e em Londres.
Desceram fortemente depois mas voltaram a ultrapassar os 100 dólares em Janeiro em Londres e em Fevereiro em Nova Iorque.
O petróleo representa cerca de 10% do comércio internacional, salienta o FMI.
Os grandes ganhadores do aumento dos preços deverão ser os países produtores com as maiores reservas.
Ao nível mundial, "seria prematuro concluir que a rarefacção do petróleo vai ser inevitavelmente um constrangimento forte" para o crescimento económico, assinalou Helbling. Mas "também não se deve subestimar o risco" de choques que pesariam fortemente sobre os países importadores, acrescentou.
sapo.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário